Narrador- Camões Planos Narrativos: da Viagem e do Maravilhoso (dos Deuses)
Tinham acabado de sair de Melinde em direção a Calecute, na Índia. Levavam um piloto melindano. Baco consegue que os deuses marinhos façam um Consílio dos Deuses do Mar e convence-os, chorando, a criar esta grande tempestade, com a ajuda do Deus Neptuno que convoca Éolo, deus dos ventos, a soltar todos os ventos.
Até que Vénus tem de intervir, pedindo ajuda às mais belas ninfas do mar para estas acalmarem os ventos furiosos.
É o último dos grandes perigos que Vasco da Gama teve que ultrapassar antes de cumprir a sua missão, a chegada à India. Camões terá aproveitado a sua experiência de viajante, para descrever de forma tão realista a natureza em fúria (relâmpagos, raios trovões, ventos, ondas alterosas) e, sobretudo, a aflição, os gritos, o temor e o desacordo dos marinheiros, incapazes de controlar a situação, devido à violência dos ventos.
Sensações visuais, auditivas, táteis, etc- presentes na descrição da tempestade.