CONSÍLIO DOS DEUSES (C. I – EST. 19-41)
- Discurso de Júpiter
- Defende os portugueses, afirmando que estes são um povo de grande valor, como já fora demonstrado em triunfos anteriores face aos mouros, romanos e castelhanos.
- Afirma que o destino- o Fado- determinava que os seus feitos e valentia levariam ao esquecimento dos impérios anteriores.
- Comprova a coragem dos portugueses em navegar em mares desconhecidos, em frágeis embarcações, enfrentando os perigos da natureza (ex.: ventos, tempestades). Apesar das condições adversas, conseguiram sempre ultrapassar as dificuldades.
Decisão: “Que sejam, determino, agasalhados / nesta costa Africana como amigos; / E, tendo guarnecida a lassa frota, / Tornarão a seguir sua longa rota” (C. I est. 29, vv. 5-8)
- Discurso de Baco (personagem oponente):
- Opõe-se aos portugueses e à decisão de Júpiter, argumentando que estes se iriam tornar superiores a ele próprio no Oriente.
- Temia que esquecessem as suas façanhas no Oriente, no momento em que os fortes portugueses chegassem à Índia.
- Discurso de Vénus (personagem adjuvante):
- Assume a defesa dos portugueses porque se trata de gente parecida com o seu amado povo romano através das suas qualidades (coragem e valentia) e da língua (latim).
- Ao ajudar os portugueses o seu nome seria também para sempre cantado no Oriente.
- Discurso de Marte (personagem adjuvante):
- Defende os portugueses, porque achava que eles o mereciam, mas também porque era um antigo apaixonado de Vénus.
- Zangado, Marte ordena que se façam cumprir as ordens iniciais de Júpiter, e que Baco não se devia opor aos portugueses, porque estes eram descendentes de Luso, seu grande amigo.
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