quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Vídeo sobre Inês de Castro- Horizontes da Memória


 https://www.youtube.com/watch?v=nX7oQjRPeiI&ab_channel=AnttonyDantas - ouvir este Fado de Coimbra

Como fazer uma apreciação crítica do espetáculo "Desafiar estereótipos ", no dia 2 de março

 Podes apreciar uma obra de arte - quadro, azulejo, mural, cartoon, animação, livro, filme, peça de teatro, etc. Como se deve escrever esse texto?


Em 1.º lugar, há que ler, ouvir, observar bem, para se falar um pouco do conteúdo ( do que se viu, do que se leu). Só depois é que se dá o opinião sobre esse objeto.

Assim, a apreciação crítica apresenta esta estrutura: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.

Na Introdução - apresenta-se a obra, o título, o seu autor, o ano, o género ou a tipologia de texto (em caso de livro) e o local onde se encontra ou onde se passou.

No Desenvolvimento - Em 1.º lugar, Descrição do que se viu / Resumo do conteúdo.

                                   - Em 2.º lugar, opinião sobre o que se viu com justificação dessa tomada 

                                     de posição; dizer se a mensagem foi conseguida, se foi eficaz; apresentar                                                   alguma crítica, caso se possa criticar.

No Conclusão -  Concluindo /Em suma -  síntese do que foi dito e da opinião.






quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Quiz sobre a primeira parte da epopeia - para avaliação

 

Estuda a informação sobre a estrutura interna e externa desta epopeia. Estuda a Proposição e o Consílio dos Deuses. Tens aqui as sínteses no blogue.


Traz o teu telemóvel para fazeres o quiz. Ou o teu computador portátil.

Dia 17 de fevereiro, no 2.º tempo.

Entram em                     joinmyquiz.com  (para o login)

Escrevam o vosso nome para terem NOTA.

Entram depois com o código: 0536 8599

Respondam à escolha múltipla, sem perderem tempo...


Se já têm conta, é só entrarem...

https://quizizz.com/join?gc=05368599





Consílio dos Deuses- síntese

CONSÍLIO DOS DEUSES (C. I – EST. 19-41)

  • Discurso de Júpiter
    • Defende os portugueses, afirmando que estes são um povo de grande valor, como já fora demonstrado em triunfos anteriores face aos mouros, romanos e castelhanos.
    • Afirma que o destino- o Fado-  determinava que os seus feitos e valentia levariam ao esquecimento dos impérios anteriores.
    • Comprova a coragem dos portugueses em navegar em mares desconhecidos, em frágeis embarcações, enfrentando os perigos da natureza (ex.: ventos, tempestades). Apesar das condições adversas, conseguiram sempre ultrapassar as dificuldades.

Decisão: “Que sejam, determino, agasalhados / nesta costa Africana como amigos; / E, tendo guarnecida a lassa frota, / Tornarão a seguir sua longa rota” (C. I est. 29, vv. 5-8)

 

  • Discurso de Baco (personagem oponente):
    • Opõe-se aos portugueses e à decisão de Júpiter, argumentando que estes se iriam tornar superiores a ele próprio no Oriente.
    • Temia que esquecessem as suas façanhas no Oriente, no momento em que os fortes portugueses chegassem à Índia.

 

  • Discurso de Vénus (personagem adjuvante):
    • Assume a defesa dos portugueses porque se trata de gente parecida com o seu amado povo romano através das suas qualidades (coragem e valentia) e da língua (latim).
    • Ao ajudar os portugueses o seu nome seria também para sempre cantado no Oriente.

 

  • Discurso de Marte (personagem adjuvante):
    • Defende os portugueses, porque achava que eles o mereciam, mas também porque era um antigo apaixonado de Vénus.
    • Zangado, Marte ordena que se façam cumprir as ordens iniciais de Júpiter, e que Baco não se devia opor aos portugueses, porque estes eram descendentes de Luso, seu grande amigo.

https://portuguesnalinha.blogs.sapo.pt/os-lusiadas-analise-do-episodio-8596

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

O Consílio dos Deuses- a Reunião dos Deuses

 I

Depois da Proposição, da Invocação e da Dedicatória, iniciamos a Narração com a armada de Vasco da Gama no oceano Índico, perto de Moçambique. ("Já no largo oceano navegavam")

Os deuses decidiram reunir, quando os portugueses já estavam a chegar à ilha de Moçambique (narração in media res). A viagem já vai a meio (regra da epopeia).

Consílio significa Reunião.

Aproveita e assiste calmamente, em casa, a estas aulas do EstudoEmCasa, depois de ter ouvido este episódio na sala de aula. Temos de fazer uma atividade de verificação de leitura do que foi feito até agora, no dia 15 de fevereiro - um quizzie:

https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e525093/portugues-9-ano      Início do Consílio

 https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e525991/portugues-9-ano       Conclusão do Consílio


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Proposição - estudem

 A Proposição situa-se no canto I, entre as estâncias  1 e 3, onde o Poeta enuncia o seu propósito ("Cantando, espalharei por toda a parte os feitos dos Portugueses"). Os portugueses são apresentados como um herói coletivo, ao invés de um herói individual, como nas epopeias antigas. Neste contexto "cantar" significa exaltar, celebrar, enaltecer. Assim o Poeta exalta três grandes grupos de portugueses: 

  • ”As armas e os barões assinalados”, devido a terem ousado navegar nos mares desconhecidos, enfrentaram vários perigos e guerras e construírem um novo império em terras remotas.
  • "[...] as memórias gloriosas/ Daqueles Reis” que expandiram o território português além-fronteiras e a fé cristã.
  • ”[...] aqueles que [...] / Se vão da morte libertando”, porque realizaram grandes e “valerosas” obras.

Em conclusão:

“As armas e os barões assinalados”,

ou seja, todos aqueles homens cheios de coragem que descobriram, “por mares nunca dantes navegados”, novas terras, indo mais longe do que aquilo que alguém podia esperar de seres não divinos, “Mais do que prometia a força humana”.

 

“Daqueles Reis”,

ou seja, os reis que contribuíram para que a fé cristã se espalhasse por terras que foram sendo descobertas, alargando assim o Império Português.

 

“E aqueles que por obras valerosas/ (...) se vão da lei da morte libertando”,

ou seja, todos os que são dignos de serem recordados pelos feitos heroicos cometidos em favor da pátria e que, por isso, nem mesmo a morte os pode votar ao esquecimento, “Se vão da lei da Morte libertando” pois foram imortalizados. É uma perífrase - recurso expressivo.

 

Para tal, compara os feitos dos portugueses aos de Ulisses, herói da Odisseia de Homero, e aos de Eneias, o troiano que, na Eneida de Virgílio, chegou ao Lácio e fundou Roma e pede para que os imperadores Alexandre Magno e Trajano se calem com as suas vitórias, porque ele (Poeta Camões) vai falar da coragem lusitano.

 

A Proposição funciona como uma apresentação geral da obra, é uma síntese daquilo que o poeta se propõe fazerPropor significa precisamente apresentar, expor, anunciar, mostrar.

O poeta mostra aquilo que pretende ao escrever a epopeia: “ Cantando espalharei por toda a parte”. O verbo cantar tem aqui o sinónimo de exaltar, enaltecer ou celebrar.


Estão presentes na Proposição os 4 Planos Narrativos: Plano Narrativo da Viagem, Plano Narrativo da História de Portugal, Plano Narrativo da Mitologia e Plano Narrativo das Reflexões do Poeta.

I