sexta-feira, 25 de outubro de 2024

O Sapateiro- Texto expositivo treino

Acede e ouve a cena 5 . O Sapateiro representa a pequena burguesia. Repara nos seus símbolos cénicos.   

https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/auto-da-barca-do-inferno-o-sapateiro


Auto da Barca do Inferno": o Sapateiro  - clica

Assiste à aula. Faz as atividades.

Que cómicos aí encontras? Dá exemplos.

Que símbolos cénicos traz e o que representam?


O aluno deverá redigir um texto bem estruturado em que: 

• identifica o espaço onde as personagens se encontram; 

• refere o destino da «viagem»; 

• explicita a intenção do Diabo ao dirigir-se ao sapateiro como «Santo sapateiro honrado» ; 

• refere o momento da ação. Por exemplo: o momento da partida das naus; 

• explicita o duplo sentido da palavra «carregado» ; 

• refere a razão pela qual o sapateiro considera que aquela não é a sua barca; 

• indica um dos argumentos utilizados pelo Diabo para condenar o Sapateiro;

 • explica a intenção crítica feita através da personagem Sapateiro, com base no conhecimento da obra.



 Proposta de resposta: 

As duas personagens- o Diabo e o Sapateiro-  encontram-se num cais, junto a um rio, e o destino da viagem é a «a terra dos danados» (verso 7), ou seja, o inferno. 

Ao dirigir-se ao Sapateiro como «Santo sapateiro honrado», o Diabo revela a intenção de troçar da personagem, através da utilização da Ironia. A palavra «carregado» assume, então, um duplo sentido, pois refere-se ao peso dos objetos com que o Sapateiro se apresenta em cena mas também à quantidade de pecados cometidos em vida (vem carregado de pecados). O Sapateiro considera que aquela não é a sua barca por se ter confessado e comungado antes de morrer, contudo o Diabo contra-argumenta ao afirmar que este roubara o povo, durante 30 anos.

 Concluindo, através da personagem-tipo, o Sapateiro, é efetuada uma crítica à corrupção de costumes na sociedade: a pequena burguesia, com o seu pequeno negócio, rouba os clientes e acredita nas palavras que a igreja transmite aos seus fiéis (crítica também à posição da igreja católica) . 

domingo, 20 de outubro de 2024

O Parvo- Joane

 https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/auto-da-barca-do-inferno-o-parvo









 Argumentos de defesa

O Anjo defende o Parvo, destacando a sua simplicidade e afirmando que não errou / pecou por malícia.


O que representa a personagem-tipo? O que simboliza?

Com esta personagem, Gil Vicente não pretende criticar nenhuma classe social, mas sim tornar a peça menos monótona e criar um efeito cómico; representa os pobres de espírito.

Os Parvos têm, no teatro vicentino, uma função cómica, ocasionada pelos disparates que proferem. Assim acontece neste auto, embora, em certos passos, o Parvo se junte às personagens sobrenaturais para criticar os que pretendem embarcar e sirva, algumas outras vezes, de comentador.


Dentro do elenco de tipos sociais que desfilam neste auto, o Parvo é a única personagem que tem a ousadia de injuriar o Diabo e a única condenada a aguardar, no cais, vez para entrar no Paraíso, onde, segundo o Anjo, seguramente terá lugar, já que "em todos [seus] fazeres, / per malícia não [errou]". Pela "simpreza" (simplicidade, ingenuidade)que o isenta de pecado, o Parvo exprime, segundo Óscar Lopes, a "candura dos pobres de espírito na sua agressividade instintiva e injuriosa contra o Diabo e os pecadores orgulhosos" (cf. Lopes, Óscar - "O Sem-Sentido em Gil Vicente" in Ler e Depois, 3.ª ed., Porto, Ed. Iniva, 1970, pp. 79-80).

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Texto Expositivo sobre o Onzeneiro- trabalho de pares

 Escuta a cena.


Lê a cena do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, sobre esta personagem-tipo- página 76 do manual. 

Responde, de forma completa e bem estruturada aos itens. Em caso de necessidade, consulta as notas e o vocabulário, apresentados no manual.

O teu texto EXPOSITIVO deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos apresentados a seguir. Se não mencionares ou se não tratares corretamente os dois primeiros tópicos, a tua resposta será classificada com zero pontos. 

 Identificação do local onde as personagens see encontram. (Introdução) - 1º parágrafo

Desenvolvimento (constrói o texto com os articuladores, como: Inicialmente; de seguida; de facto; no entanto; todavia; de facto; .... 

•  Indicação da intenção do Diabo ao dirigir-se ao Onzeneiro como «meu parente» (verso 183).

 •  Indicação da razão deste passageiro ter demorado a "chegar" (a morrer) - versos 185 a 187. 

•  Explicação do sentido dos versos «Ora mui muito m’ espanto / nom vos livrar o dinheiro.»- versos 188, 189.

•  Referência ao sentido da fala do Onzeneiro «Solamente pera o barqueiro, / não me leixaram nem tanto.» (versos 190, 191). 

•  Explicação, com base no teu conhecimento da obra, da intenção de crítica social, feita através do Onzeneiro. (Conclusão)

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Caronte

 https://lendas-mitos-blog-blog.tumblr.com/Caronte

Na mitologia gregaCaronte (em gregoΧάρωνtransl.Chárōn) é o barqueiro de Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto, geralmente um óbolo ou dânaca, era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia Antiga.[1] Segundo alguns autores, aqueles que não tinham condições de pagar a quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos.(https://pt.wikipedia.org/wiki/Caronte)


                 Caronte ilustrado por Gustave Doré, para a Divina Comédia de Dante.


https://amenteemaravilhosa.com.br/o-mito-de-caronte

https://www.hipercultura.com/hades-deus-do-submundo/

Hades (em grego clássicoἍιδης ou Άͅδηςromaniz.Haides ou Hades), na mitologia grega, é o deus do mundo inferior e dos mortos.[nota 1] Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser chamado Serápis (deus de obscura origem egípcia).[1][nota 2]









terça-feira, 1 de outubro de 2024