terça-feira, 22 de março de 2022

A Proposição - os planos narrativos aí presentes/síntese

 1. Copia da Proposição os versos correspondentes aos Planos Narrativos que vão surgir na Narração.

Plano da Viagem : "As armas e os barões assinalados/Que da ocidental praia lusitana/Por mares nunca dantes navegados"

Plano da Mitologia: " A quem Neptuno e Marte obedeceram"

Plano da História de Portugal: " E as memórias gloriosas daqueles reis/E aqueles (...) que se vão da lei da morte libertando"

Plano das Reflexões do Poeta: " Cantando espalharei por toda a parte/ (...) Que eu canto o peito ilustre lusitano"


A Proposição situa-se no canto I, entre as estâncias  1 e 3, onde o Poeta enuncia o seu propósito ("Cantando, espalharei por toda a parte os feitos dos Portugueses"). Os portugueses são apresentados como um herói coletivo, ao invés de um herói individual, como nas epopeias antigas. Neste contexto "cantar" signigfica exaltar, celebrar, enaltecer. Assim o Poeta exalta três grandes grupos de portugueses: 

  • ”As armas e os barões assinalados”, devido a terem ousado navegar nos mares deconhecidos, enfrentaram vários perigos e guerras e construírem um novo império em terras remotas.
  • "[...] as memórias gloriosas/ Daqueles Reis” que expandiram o território português além-fronteiras e a fé cristã.
  • ”[...] aqueles que [...] / Se vão da morte libertando”, porque realizaram grandes e “valerosas” obras.

Em conclusão:

“As armas e os barões assinalados”,

ou seja, todos aqueles homens cheios de coragem que descobriram, “por mares nunca dantes navegados”, novas terras, indo mais longe do que aquilo que alguém podia esperar de seres não divinos, “Mais do que prometia a força humana”.

 

“Daqueles Reis”,

ou seja, os reis que contribuíram para que a fé cristã se espalhasse por terras que foram sendo descobertas, alargando assim o Império Português.

 

“E aqueles que por obras valerosas/ (...) se vão da morte libertando”,

ou seja, todos os que são dignos de serem recordados pelos feitos heroicos cometidos em favor da pátria e que, por isso, nem mesmo a morte os pode votar ao esquecimento, “Se vão da lei da Morte libertando” pois foram imortalizados.

 

Para tal, compara os feitos dos portugueses aos de Ulisses, herói grego da Odisseia de Homero, e aos de Eneias, o troiano que, na Eneida de Virgílio, chegou ao Lácio e fundou Roma. Também compara as vitórias dos portugueses às vitórias de Alexandre Magno da Macedónia e de Trajano (imperador romano).

 

proposição funciona como uma apresentação geral da obra, é uma introdução sobre aquilo que o poeta se propõe fazerPropor significa precisamente apresentar, expor, anunciar, mostrar.

O poeta mostra aquilo que pretende ao escrever a epopeia: “ Cantando espalharei por toda a parte”. O verbo cantar tem aqui o sinónimo de exaltar, enaltecer ou celebrar.





lano da Viagem “Cantando espalharei por toda a parte”
b) Plano da História “A quem Neptuno e Marte sempre obedeceram”
c) Plano dos Deuses “Daqueles Reis que foram dilatando”
d) Plano do Poeta “Por mares nunca dantes navegados
a) Plano da Viagem “Cantando espalharei por toda a parte”
b) Plano da História “A quem Neptuno e Marte sempre obedeceram”
c) Plano dos Deuses “Daqueles Reis que foram dilatando”
d) Plano do Poeta “Por mares nunca dantes navegados
início. Associa o plano ao verso correspondente.
a) Plano da Viagem “Cantando espalharei por toda a parte”
b) Plano da História “A quem Neptuno e Marte sempre obedeceram”
c) Plano dos Deuses “Daqueles Reis que foram dilatando”
d) Plano do Poeta “Por mares nunca dantes navegados”
início. Associa o plano ao verso correspondente.
a) Plano da Viagem “Cantando espalharei por toda a parte”
b) Plano da História “A quem Neptuno e Marte sempre obedeceram”
c) Plano dos Deuses “Daqueles Reis que foram dilatando”
d) Plano do Poeta “Por mares nunca dantes navegados”

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